sexta-feira, 16 de março de 2012

Tyree Energy Technologies Building UNSW - Sydney

O Tyree Energy Technologies (em homenagem ao Sir William Tyree, ex-aluno que doou e ajudou a arrecadar crédito para sua construção) é o novo edifício na Universidade de New South Wales para o desenvolvimento de pesquisas na área de energia, como células fotovoltaicas e combustíveis limpos. Através de um concurso o escritório FJMT foi escolhido para desenvolver o projeto. 

O programa exigia um edifício funcional e flexível, para receber administração, salas de aula, laboratórios e oficinas de pesquisa, áreas de convívios e cafés num total de 15.000m² de área, além de ter de atingir as 6 estralas no Green Building Council.


 

 
Para atingir o nível de 6 estrelas o edifício utilizou concreto "fly ash" (não sei a tradução em português, mas fly ash é um resíduo muito poluente da combustão do carvão que hoje em dia é retido ao invés de ser jogado na atmosfera), sistema de trigeração de energia, uso de iluminação natural e sombreamento das áreas envidraçadas, grande área no telhado para uso de células fotovoltaicas (na verdade muitos dos sistemas serão desenvolvidos e testados pela própria universidade), captação de água de chuva e sistema de reúso, uso misto de ventilação natural e ar condicionado (incluindo labirinto térmico no subsolo para pré-tratamento, entre outras estratégias.



Dividir o edifício em duas partes tem sido uma forma comum em muitos projetos de criar um átrio central que além de receber iluminação natural indireta (através de aberturas no telhado) e em alguns casos usar essa área para ventilação, organiza a circulação e diferentes usos e setores, além de criar áreas de convívio.
 
Uma coisa interessante de notar é a quantidade de tratamento acústico que existe no átrio, por ser uma faculdade é fundamental reduzir o nível de ruído de fundo num área de circulação e convívio, isso é previsto por norma e, digamos, o edifício não receberia a licença de funcionamento sem isso. Num projeto em que trabalhei num edifício de pesquisas semelhante a esse, era necessário calcular o fluxo de pessoas nos corredores e isso definia sua largura e das escadas/rampas.
 

O projeto de iluminação é da Arup (mais detalhes aqui) e segundo eles o maior desafio foi atingir o nível de luminância correto para os diversos e diferentes usos mantendo qualidade e economia de energia.
 
Crédito das fotos para minha colega de trabalho Emma Townsend.

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