O Tyree Energy Technologies (em homenagem ao Sir William Tyree, ex-aluno que doou e ajudou a arrecadar crédito para sua construção) é o novo edifício na Universidade de New South Wales para o desenvolvimento de pesquisas na área de energia, como células fotovoltaicas e combustíveis limpos. Através de um concurso o escritório FJMT foi escolhido para desenvolver o projeto.
Para atingir o nível de 6 estrelas o edifício utilizou concreto "fly ash" (não sei a tradução em português, mas fly ash é um resíduo muito poluente da combustão do carvão que hoje em dia é retido ao invés de ser jogado na atmosfera), sistema de trigeração de energia, uso de iluminação natural e sombreamento das áreas envidraçadas, grande área no telhado para uso de células fotovoltaicas (na verdade muitos dos sistemas serão desenvolvidos e testados pela própria universidade), captação de água de chuva e sistema de reúso, uso misto de ventilação natural e ar condicionado (incluindo labirinto térmico no subsolo para pré-tratamento, entre outras estratégias.
Uma coisa interessante de notar é a quantidade de tratamento acústico que existe no átrio, por ser uma faculdade é fundamental reduzir o nível de ruído de fundo num área de circulação e convívio, isso é previsto por norma e, digamos, o edifício não receberia a licença de funcionamento sem isso. Num projeto em que trabalhei num edifício de pesquisas semelhante a esse, era necessário calcular o fluxo de pessoas nos corredores e isso definia sua largura e das escadas/rampas.
O projeto de iluminação é da Arup (mais detalhes aqui) e segundo eles o maior desafio foi atingir o nível de luminância correto para os diversos e diferentes usos mantendo qualidade e economia de energia.
Crédito das fotos para minha colega de trabalho Emma Townsend.
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